sábado, 2 de fevereiro de 2013

" a vontade de viver, mesmo que já tenhamos morrido um pouco ...





"O que revela a nossa força não é sermos imbatíveis, incansáveis, invulneráveis. É a coragem de avançar, ainda que com medo. É a vontade de viver, mesmo que já tenhamos morrido um pouco ou muito, aqui e ali, pelo caminho. É a intenção de não desistirmos de nós mesmos, por maior que às vezes seja a tentação. São os gestos de gentileza e ternura que somente os fortes conseguem ter."Ana Jácomo

Esta mensagem foi minha amiga do Peito Suely Psfigueredo que colocou no meu face.

Nunca ninguém tinha escrito algo que é tão verdadeiro e tão profundo com Ana Jácomo.
Traduziu tudo em tão poucas palavras e a minha amiga soube como sempre colocar no melhor momento... que nem ela mesma sabe...



Coragem??? Quem tem coragem??? Não temos, adquirimos na marra, é como uma remédio amargo que não queremos tomar, mas precismos para conseguir seguir em frente...
Medo??? Este sempre presente nos desafiando, nos colocando a prova...

Viver é assim com uma vontade imensa de viver, mesmo que já tenhamos morrido um pouco ou muito... é tudo que queremos apesar dos pesares...

Desistir??? Desistir é para sempre... a dor é passageira... Desistir de nós mesma??? Se eu desistir de eu mesma... então nada vai ter valido a pena...

Fortes??? Não, eu não sou forte, muitas vezes me faço, muitas vezes meu choro silencioso e meu sorriso é para não deixar que as pessoas que amo sofrerem sem necessidade... minhas angustias  são minhas e não é necessário compartilhar.

Mas eu bem sei do meu chororo, da minha sensibilidade... 
Precisei fazer um exame e retirei material para biopsia, estou tentando não entrar em panico, continuar caminhando sem me preocupar... mas é quase impossível... não falei para ninguém (até aqui, risos) somente uma amiga que me acompanhou... não quero deixar ninguém preocupado, basta eu. O resultado sai somente dia 14/02 PQP!!!!!!!! Até lá vai ser difícil.
Sei que amanha ou depois vou estar menos sensível, afinal fiz o exame ontem...





Tomara que os olhos de inverno das circunstâncias mais doídas não sejam capazes de encobrir por muito tempo os nossos olhos de sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer, ínfima, tímida, para ver também um bocadinho de céu. Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem de sentir confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor. Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz. Tomara.
Ana Jácomo.